Residências Criativas

O programa de residência criativa do LAA seleciona inovadores de todo o mundo para que, durante um período que pode durar até um ano, trabalhem em projetos emergentes em sua área de atuação. Os participantes são escolhidos pela qualidade do trabalho, pela capacidade de promover impactos sociais ou ambientais e pela habilidade de desenvolver projetos em ambientes transdisciplinares. 

POSTERIDADE: O Pôster do Futuro

Como seria uma campanha política para defender os direitos dos robôs? E um evento de celebração para as Olimpíadas de 2116? Quem sabe um show musical produzido por inteligências artificiais inspiradas em artistas póstumos em 2080? É com estes e outros questionamentos que o futurista e designer australiano Stuart Candy instigou o público.  Ele desenvolveu o workshop de Design chamado POSTERIDADE: o Pôster do Futuro para designers, arquitetos, artistas gráficos, urbanistas e sonhadores em geral para produzir seus próprios pôsteres de algum momento no futuro. A atividade foi baseada no premiado jogo de imaginação The Thing From The Future (“A Coisa do Futuro”) e os Pôsters do Futuro foram colocados na cidade para inspirar reflexão sobre o futuros possíveis. (2016)

Stuart Candy

Primeiro Samba escrito por uma Inteligência Artificial

Harshit Agrawal, um artista e pesquisador Indiano que constrói ferramentas para estudar como a tecnologia pode ajudar a ampliar a expressão criativa humana. Seus estudos partem de aspectos como a ampliação do ser humano, integração cultural e interação homem-máquina. Ele acredita que a tecnologia pode ter um papel fundamental e libertador no sentido de podermos nos expressar de maneira mais livre e plena. No LAA, ele desenvolveu o primeiro samba escrito por uma Inteligência Artificial no mundo.  (2016)

Harshit Agrawal

“Aqui” – performance artística de Realidade Virutal

A artista inglesa Stephanie Burgess desenvolveu a primeira performance artística de Realidade Virutal na América do Sul.  “Aqui” (“Here”) foi uma colaboração do músico Bruno Albert e do diretor e coreógrafo  João Silveira apresentado no auditório cheio do Museu do Amanhã. A performance relacionou meditação, expressão corporal e pintura 3D em ambientes virtuais. Na apresentação, Stephanie utilizou o Tilt Brush, um aplicativo criado pelo Google para ser usado em conjunto com óculos de realidade virtual. A ferramenta permitu que a artista pintasse no ar em uma performance coreografada em sintonia com a música ao vivo. (2016)

 

Stephanie Burgess

Futuro Comestível – Um Novo Sistema Alimentar

A futurista de alimentação holandesa, Chloé Rutzerveld, imaginou um Novo Sistema Digestivo Alimentar. Esse sistema speculativo é baseado no processo normal de digestão de humanos e usa algas e fungos como ingredientes-chave.  Como resultado de uma residência artística de um mês no LAA e com o apoio do Consulado Geral dos Países Baixos, a Chloé imaginou um novo sistema de alimentação. Com uma abordagem interdisciplinar, Chloé combinou aspectos de design, ciência e tecnologia, sempre pensando em novas maneiras de tornar a produção e o consumo da comida do futuro mais saudável, eficiente e sustentável – claro, com um toque brasileiro. (2018)

Chloé Rutzerveld

Super Clam – impressão 3D marítima

O objetivo desse projeto foi transformar os mariscos encontradas ao redor do Museu em substrato para impressão 3D. Os mariscos que se fixam no ar condicionado têm que ser removidos, mas será que podemos usar esse lixo para criar algo novo? É com esse questionamento que o LAA, através da pesquisa de Studio Tjeerd Veenhoven (representado pela Anja Zachau) explorou um novo uso para as mariscos removidos. Eles foram triturados e os seus componentes, separados, para se criar um material que possa substituir o plástico na impressão. Anja fez design industrial em Bauhaus University Weimar e teve várias nomeações de prêmios internacionais. Para a residência no LAA, ela representou o representando o Studio, que trabalha com design de produtos utilizando materiais novos e sustentáveis na Holanda. A residência foi em parceria com o Consulado Geral dos Países Baixos. (2019)    

Studio Tjeerd Veenhoven and Anja Zachau

Comida em Marte – sistema multissensorial para alimentos em Marte

Seremos capazes de nos alimentar a partir de estímulos cerebrais? Como poderemos utilizar nosso conhecimento dos sentidos e da mente humana para entender o ato de comer como uma experiência que vai além simplesmente do cheiro e do gosto? A futurista de alimentação, Laila Snevele, explorou essas questões em sua residência artística no LAA, com o apoio do Consulado dos Países Baixos para imaginar um novo sistema multissensorial de alimentação para Marte. Snevele criou uma abordagem especulativa de como poderia ser um sistema sensorial de alimentação com base em Spirulina. Visitantes do Museu puderam degustar suas criações que adicionavam cheiros, texturas, cores e até sons na experiência gastronômica.  (2019)

Laila Snevele

Adornos funcionais de biomateriais para pessoas tetraplégicas

A residência da Beatrice Terço consistiu no desenvolvimento de uma série de etapas para o estudo e desenvolvimento de biomateriais e testes de integração de materiais condutivos, que serão poderão vir a ser usados na criação de adornos para pessoas tetraplégicas. Durante a residência Beatrice fez várias prototipações nas áreas de biomimética, tecnologias assistivas, biomateriais, construções de wearables. (2018)

Beatrice Terço

Prototipando um novo sistema de alimentação usando impressão 3D

Como produzir alimentos de base funcional usando impressora 3D? É possível agregar valor ao alimento produzido? Apesar de já existirem empresas e makers trabalhando com impressora de alimentos, muitos não se utilizam da impressora para valorizá-los. A residência do Thiago Palhares, com apoio do grupo de pesquisa composto por Anete Ferreira, Alexandre Trajman, Fernanda Pereira e Marluce Carvalho,c onsistiu na construção de uma impressora 3D e também na pesquisa de composições de pastas customizadas para dietas restritivas. A experimentação envolveu farinha de insetos, vegetais, raízes e tubérculos cozidos como cará, inhame e o batata baroa. No debate, o residente e o grupo de pesquisa responderá  alguns questionamentos, dentre eles: como a impressão 3D de comida pode mudar nossos hábitos culinários? Será que a cozinha desaparecerá das nossas casas? Certamente haverá um impacto na produção e no produto final de nossa alimentação, e os alimentos impressos serão uma alusão a soluções ligadas ao futuro sustentável da humanidade em 2050. (2019)

Thiago Palhares

Bioma Smart Horta

Elvert Durán Vivanco é Designer Industrial, desenvolveu o Bioma Smart Horta modular onde foram  abordados aspectos da tecnologia de inovação transdisciplinar na criação de espaços para a agricultura urbana e doméstica. Este sistema combina princípios da aquaponia e aquicultura com hidroponia onde espécies aquáticas e plantas crescem em uma relação simbiótica ou de mútua ajuda. A estrutura da Smart Horta foi desenhada a partir de conhecimentos milenares. O design vernacular, que é baseado em necessidades, materiais e tradições locais, foi a inspiração para o seu formato, que possui bambus na estrutura para melhor distribuição das forças e estabilidade, tornando a Smart Horta autoportante. No momento atual, em que somos seduzidos facilmente pela tecnologia, é importante que se resgate soluções que evoluíram ao longo de gerações e se tornaram acessíveis, sustentáveis e replicáveis. (2019)

Elvert Durán Vivanco