Exposições temporárias e mostras

Nos primeiros quatro anos de Museu do Amanhã foram realizadas 32 exposições temporárias, todas elas se propondo a apresentar conhecimento de todo tipo, para todos os públicos. As exposições temporárias abordam temas de relevância para a sociedade e são produzidas por meio do trabalho integrado de várias equipes da instituição. Com experiências que fazem o público interagir, o objetivo dessas grandes produções é provocar no visitante uma reflexão sobre o presente e os futuros possíveis do nosso planeta e da nossa sociedade

Pratodomundo – Comida para 10 bilhões

“Pratodomundo – Comida para 10 bilhões”, exposição temporária que ficou em cartaz de 12 de abril a 27 de outubro de 2019, trouxe ao público um questionamento essencial para o futuro da humanidade: como alimentar, na década de 2050, uma população de 10 bilhões de pessoas com qualidade nutricional, diversidade de produção e sustentabilidade?

A exposição quis evidenciar que enquanto grande parte da população mundial passa fome, outra parte enfrenta problemas decorrentes da obesidade. Que nossa diversidade é abundante, mas o modelo agrícola não é sustentável – e o crescimento demográfico e o aquecimento global são consequências de um cenário que promete se intensificar até a década de 2050. Pratodomundo também levou o público a conhecer e refletir sobre possíveis soluções de um futuro próximo, como o cultivo em regiões pouco exploradas, além do consumo de alimentos não-convencionais como algas, insetos e plantas.

Inovanças – Criações à Brasileira

De 25 de abril de 2017 até 18 de fevereiro de 2018, o Museu do Amanhã apresentou a exposição temporária “Inovanças – Criações à Brasileira”. Inovanças recebeu 460 mil pessoas que puderam conhecer os diferentes caminhos que levam à inovação: a ancestralidade, a inspiração na natureza, os erros e desvios no processo criativo, a imprevisibilidade, o improviso e a colaboração.

Cerca de 40 criações originalmente brasileiras foram apresentadas em sete diferentes áreas da exposição, que não tinha paredes divisórias. A exposição inspirou o público ao mostrar um Brasil que se revela afeito às novidades – às inovanças –, com diálogo entre indivíduos, grupos, empresas e instituições. Um país que pulsa, inventa e planta esperanças para o futuro. As inovações nos envolvem, conectam e atravessam a todo momento.  

4 milhões de encontros

Aberta no dia do aniversário de quatro anos do Museu do Amanhã, 17 de dezembro de 2019, a mostra “4 Milhões de Encontros – Memórias do Amanhã” contou a nossa história, com o suporte de vídeos e fotos, apresentando ao visitante uma linha do tempo com os 30 marcos mais importantes ao longo desse período. A exposição “4 milhões de encontros” celebrou não só o trabalho dos colaboradores, mas também os nossos diferentes públicos, como estudantes e professores, participantes das atividades, vizinhos e amigos do Museu, que nos ajudam a refletir e a pensar em um Amanhã mais plural e sustentável.

Ameaçados – Planeta em Transformação

A mostra “Ameaçados – Planeta em Transformação”, que ficou em cartaz de 23 de janeiro até 29 de abril de 2017, reuniu em 30 imagens o olhar do fotógrafo brasileiro Érico Hiller sobre os efeitos da ação humana sobre o Planeta Terra. As imagens mostravam os efeitos das mudanças climáticas nas Maldivas, o drama dos rinocerontes na África e na Ásia, e os poucos caminhos ainda exuberantes da Mata Atlântica Brasileira. Érico Hiller propôs ao visitante uma reflexão sobre os ambientes naturais ameaçados e as práticas criminosas que podem levar à extinção de espécies.    

Esporte e Cérebro

Entre os dias 2 de agosto e 2 de outubro de 2016, o Museu do Amanhã apresentou ao público a exposição de fotos “Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia”, que discutiu a incrível capacidade do cérebro humano de incorporar ferramentas artificiais como se fossem membros reais. A mostra ocorreu em paralelo com os Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Holocausto – Trevas e Luz

A exposição “Holocausto – Trevas e Luz”, realizada pelo Museu do Amanhã em parceria com o Museu do Holocausto de Curitiba, convidou o público a refletir sobre a importância da convivência, e sobre como queremos viver uns com os outros, hoje e amanhã. Aberta ao público de 26 de julho até 15 de outubro de 2017, a exposição reforçou a necessidade de que aprender e recordar o Holocauso são ações fundamentais que servem de alerta para que isto não se repita na nossa e nas futuras gerações. Apenas desta forma poderemos evitar e combater inúmeros genocídios e graves violações dos direitos humanos que continuam ocorrendo em várias partes do mundo.

Mundos Invisíveis – Mostra de Arte Científica Brasileira

A exposição “Mundos Invisíveis – Mostra de Arte Científica Brasileira”, exibida de 26 de setembro de 2017 a 7 de janeiro de 2018, nasceu a partir de uma parceria entre o Museu do Amanhã e a Artbio. Foram apresentadas 24 obras, com arranjos, padrões, volumes, formas e cores de forte apelo estético, e que mostravam o monumental universo microscópico, invisível a olho nu.

O árduo trabalho de cientistas na busca por soluções que podem salvar vidas muitas vezes pode parecer impenetrável ou de difícil acesso para a maioria da população. Mas essa barreira pode ser rompida pela arte. Diversas técnicas foram utilizadas para criar as telas, que resultaram em uma surpreendente radiografia do nosso universo interior.    

Serra da Capivara: os mais antigos vestígios da povoação na América?

De 10 de novembro de 2018 a 10 de fevereiro de 2019, a DFG – Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa apresentou uma exposição sobre o Parque Nacional da Serra da Capivara no Museu do Amanhã. O parque, localizado no Piauí, é conhecido por seus sítios arqueológicos e impressionantes pinturas rupestres, tombados como Patrimônio Mundial Cultural pela UNESCO.

Estudos recentes apontam que esses vestígios milenares podem ser os mais antigos indícios da habitação humana na América. A mostra “Serra da Capivara: os mais antigos vestígios da povoação na América?” revelou o trabalho arqueológico realizado na região e a fascinante biodiversidade e cultura locais, retratadas através do olhar cuidadoso do fotojornalista pernambucano André Pessoa, especializado em registros naturais e científicos.  

 

Vidas Deslocadas

Milhões de vozes ecoam pelo mundo por um lugar seguro fugindo da violência ou da fome. Mas outras milhões também são forçadas a deixar seus locais de origem por razões climáticas. Embora os refugiados ambientais ainda não sejam reconhecidos pelos governos, existe um alto consenso entre os cientistas de que a mudança climática, em combinação com outros fatores, aumentará o deslocamento de pessoas em um futuro não muito distante.

Diante disso, o Museu do Amanhã, em parceria com o ACNUR e Agence France-Presse (AFP), apresentou a mostra “Vidas Deslocadas”, aberta ao público do dia 21 de junho de 2017 ao dia 17 de setembro do mesmo ano. Por meio de cenografia, textos e fotos, Vidas Deslocadas evidenciou algumas das causas do refúgio ambiental e o drama de quem já viveu essas situações em diversas partes do mundo.