Engajamento

Propostas que vibram a continuidade das mediações e das conexões comunitárias.

Programa de Vizinhos do Amanhã

Um dos desafios do Museu do Amanhã é oferecer um acesso mais democrático aos residentes de sua vizinhança, especialmente às crianças e aos jovens da região portuária, contribuindo para a expansão de seus conhecimentos e potencialidades. Nesse sentido, o programa de Vizinhos do Amanhã visa uma aproximação com os moradores locais e tem como objetivo incluí-los na fruição cultural, incentivando-os a entrar nos mundos da ciência, das artes e da cultura e, portanto, construir e expandir caminhos para a cidadania plena. Com base nisso, nosso trabalho é  acompanhar e participar do desenvolvimento social da região, convidando o morador a ser o protagonista dessas ações e a se reconhecer como agente transformador de sua comunidade.

Os cerca de 30 mil moradores da região portuária têm direito a:

●  entrada no museu pela fila expressa e acesso às atrações internas;

●  entrada gratuita no museu com direito a um acompanhante;

●  encontros quinzenais para visitações guiadas pelos vários conteúdos do museu;

●  encontros bimestrais para confraternização e planejamento de algumas atividades;

●  convites para as exposições, projetos e outras programações do museu;

●  descontos na loja e no café do museu.

Em 2019, ampliamos nossa área de vizinhança, abrangendo o bairro do Caju e a Ilha de Paquetá. Diferentemente dos projetos e campanhas realizados no início do programa, essa expansão se deu por meio de duas escolas localizadas nesses locais. Essas escolas são parceiras de um dos projetos da área, o Entre Museus.

Evidências das Culturas Negras

Conscientizar ou evidenciar? Foi a partir dessa pergunta que nasceu o programa Evidências das Culturas Negras do Museu do Amanhã. A autonomia do processo de conscientização nos atenta ao hábito de conscientizar ao próximo. Porém, expor evidências é um processo anterior e necessário para o caminho de uma possível autoconscientização. O Museu do Amanhã é beneficiado por estar localizado às margens da Baía de Guanabara, na Região Portuária da Cidade do Rio de Janeiro, conhecida como Pequena África. Reconhecer a sua história e seus habitantes nos colocou a questão: Onde estão as evidências dos povos negros e de suas culturas na pulsante cultura brasileira? Em busca desse conhecimento, nos organizamos em torno de alguns temas e promovemos encontros mensais entre o público e os convidados para que as evidências das culturas negras (no plural) não sejam apenas reminiscências, mas registros mais sólidos, repertório vivo da sociedade e das culturas brasileiras. 

Horta do Amanhã

A Horta do Amanhã é um instrumento pedagógico para atividades de Educação Ambiental, reflexão sobre modos de produção e consumo, e acesso à uma alimentação saudável e de qualidade. É espaço para colaboração, troca de saberes e estímulo para o encontro, para todos os públicos, de crianças à idosos, e vizinhos do museu.  Iniciado em parceira com o Carrefour, em 2019,  ocupou um espaço nobre nos jardins do museu e ofereceu áreas de permanência, descanso, contemplação e oficinas.

Durante 2019, suas ações educativas foram realizadas em conexão com a programação do Museu do Amanhã, sobretudo com a exposição PRATODOMUNDO. A continuidade e manutenção da Horta do Amanhã se dá a partir do seu sistema original de Agrofloresta, um sistema de produção que “imita” o que a natureza faz normalmente: com o solo sempre coberto por vegetação, muitos tipos de plantas juntas, umas fortalecendo as outras, evitando problemas mais abrangentes com “pragas” ou “doenças”, dispensando o uso de venenos.

A Horta se desdobra e inspira a atividade Horta Vivência: com o objeto de para aproximar a Horta ao público do museu, através de uma linguagem acessível, a equipe de Educação criou duas atividades: Cultivando os Amanhãs que tem por objetivo encontros para abordar e discutir de forma lúdica, colaborativa e crítica, questões em torno da alimentação e do consumo, a relação do ser humano com a natureza e sua cidade, de forma a articular aspectos relacionados à educação ambiental, horta urbana e cidade sustentável. E também, a Oficina de Plantio de sementes ou mudas de alimentos orgânicos embasadas em princípios agroflorestais baseadas nos conhecimentos do agricultor Ernts Gotsch’s. As atividades incluem: plantio de mudas ou sementes; manejo de hortaliças, temperos, ervas e PANCs; poda de plantas e colheita. O visitante tem a oportunidade de vivenciar todas estas etapas que vão acontecendo gradualmente. Os participantes interagem de maneira intensa  já que além de fazer seu próprio plantio, podem colaborar com o nosso acervo de plantas doando semente ou mudas, podem fazer colheita em determinadas oficinas, levando o alimento para casa. Duração >>> 12 meses. Com 20 encontros quinzenais de 1h30 cada; incluindo 01 mês de pré-produção e 01 mês de encerramento.